A dama gelou seu peito de pedra,
Resignou-se ao oculto que a alma encerra.
Não mais a esperança de navegar em paixão
Na memoria quente do silencio sem razão.
Calaram-se os gemidos partilhados em segredo
Que na bruma do tempo exorcizaram meu medo.
Resta a marca feita ferida nesta alma feito fado,
Que me acalenta e resiste em meu olhar bardo.
Que navio me levou até seus braços
navegando para a ilusão remota dos abraços?
Querendo o que não quer seu sentir,
Por descrença na aurora que porvir.
Assim ledo e morto aqui me resigno
Ao meu ridículo e imposto destino.
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