sexta-feira, novembro 28, 2008

Pesadelo

Foi na hora sagrada do poente que sonhei teus braços, ardentemente!
Naquela névoa envolvente dos nossos abraços.
Quanto mais sonhava mais despertava para o pesadelo
Que o leito de oiro feito mortalha do desejo á alma revelado.
Vieram as fadas e ninfas em procissão cerimoniosa,
Trazem em ramo de prata o coração e agua para a boca do beijo sequiosa.
Então fui das cinzas, elevado á condição de ser resgatado.
Ao mar de bruma me lancei cortando a espuma,
Na vã esperança do momento em que os Deuses ouvissem meu pranto,
E o transformassem na doce música do teu encanto.
Assim me detive, morto, vivo, mareado.
Esperando na fímbria das tuas pérolas mãos ser resgatado.

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