quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Ode a uma Fonte Santa I


Embala-me nas tuas mãos de Luz,
Dá-me o descanso desse teu terno olhar
que em mil noites vi e me confortou.

Estou só sujo e cansado da jornada,
Faminto do alimento do teu corpo
Sedento da Fonte Santa que te ti brota

Em me afundo e renasço
ao sabor desse teu querer de menina,
Ah homens que em teu leito dormiram
Sem saber que o orvalho roubou teu doce cheiro!

Lembro aquela igreja onde te vi
Terna e simples como Maria
Em contemplação que não sei se de ti
Se o Deus que em se fez

Lembro a varanda debruçada sobre o verde
naquele monte a sul abençoado
onde nossos corpos em comunhão se entregaram.

Lembro o mar onde tua essência fluiu
ao ritmo vibrante do meu corpo
que em ti se encontrou e perdeu.

Lembro as musicas que nos embalaram
em doces momentos de paixão frente á lareira
Lembro o sol e as dunas cúmplices do prazer.

Lembro e não esqueço
A Luz e trevas que em teu rosto aprendi

Tudo és e nada me pertence
Somente o fraguemento da memoria desejada
Que em cada segundo revivo e me entrego

Calmo torno ao caminho com a certeza
De feliz ser por tal bênção
De um dia te ter amado!

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