terça-feira, fevereiro 26, 2008

Alfazema


Diz a lenda que se esqueçe de seu amor quem
por um pé de alfazema passar e não o colher!
Ontem na noite colhi dois pés de alfazema
que deixei em segredo na sua porta.
Em segredo porque em segredo a desejo
porque mil palavras faladas jamais contaram esta dor
de não a ter e desejando, em outros braços vai sorrindo
Segredo pelo que calo na vigilia da noite.
Pelos gesto que não me permito
por pudor e sentido de ridiculo.
Ontem em segredo deixei dois ramos na sua casa
Dois simples ramos
Duas simples pontes da memória
Que em mim subsiste
e nela se desvanece.
Ontem deixei dois ramos de recordação
dois pedidos desse perdão já merecido.
Pouco a pouco vou perdendo a coragem
e talvez, amanhã, não mais
colherei dois ramos de alfazema!
Não por falta de recordar, mas de força!

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