quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Ciume

Fogo lento que me consome
nesta pérfida fogueira de humana vaidade.
Nada sou nada tenho, tudo desejo como a verdade!

Ardo neste fogo lento feito auto de fé.
Nesta isane montra de desejo de que não sou e tudo é.
Ah mil vezes morto mil vezes desejado!
Ah mil vezes ridiculo e por amor desfeito e desprezado.
Quero me longe e morto, a cinzas reduzido e pisado!

Tiras-me o senso e o querer
a vida a conta-gotas construída e o ser,
(Deus meu, e o ser...)
Queria da terra, nuns olhos reflectida, a paz e o querer
E que a fogueira de meu peito fosse breve!

Ah, ignóbil sentimento que me tortura
em eternas brasas de morte
que me tira a razão e a sorte
e este fogo da paixão que inutilmente me consome.

Ser ou não desejar esta alma fugidía
que em outros braços se deleita em momentos a mim desejados
Ah, merda de humanidade esta a minha
que não sei partir de vez deixando as pedras no caminho.

Sim amo o impossivel que aqueles olhos a mim não dedicam
Sei que outros buscam e se desejam.
Mas que fazer que meus não procuram
e em outra saudade se deleitam?

Que se apague pois esta dor
sob um coração em gelo esculpido
Que se cale esta voz que grita
UM CIUME JAMAIS CONSENTIDO!!!!

1 comentário:

Cristina Paulo disse...

O ciume nãoe xiste pá. É uma invenção do ego para nos atazanar a vida. Só existe o amor. Descobre-o primeiro em ti e por ti...e vais ver o que quero dizer :)
Beijo meu