terça-feira, maio 29, 2007

Permisão


Vá lá...
Deixa
Deixa-me beber da Fonte Santa de teu seio
A Paz divina.

Vá lá não recuses!
Que chego cansado da jornada.
Sujo e sedento.

Sei que não sou por quem esperas-te
A quem sempre, em teus sonho te entregaste.
Sei tudo isso, meu amor!
Sei, de uma sabedoria que se me vem da alma.
Mas, por favor, deixa que te beba.
Que teu leite me acalma!

Não, por favor, não recuses.
A um mendigo, por caridade, se acolhe.

Deixa que mate em ti a sede de vida e desejo.
Deixa-me beber da Fonte Santa de teu seio
a Paz divina.

Que eu percorri caminhos áridos,
Em escolhos me sangrei,
Mil tempestades enfrentei,
somente para em teu seio me perder.
Em tua Fonte Santa me encontrar.

Deixa, não recuses!
Deus que te fez e ao mundo te ofertou,
A missão de matar esta sede, te entregou!

Não, não recuses!
Por favor te rogo!
Que tua Fonte Santa apague este fogo,

E eu prometo,
Com a réstia de vida que me resta
Guardar eternamente esse doce sabor,

Não, amada não recuses,
Minha boca por teu seio morre,
Minha alma por teu leite se desespera.
Meu peito,
em guerra,
por essa paz se anseia!
Vá lá...
Deixa...

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