sábado, maio 26, 2007

Calmas aguas acalmem meu pranto



Calmas águas do rio da minha cidade acalmem meu pranto.
Não um pranto de lágrimas feito mas de sonhos destroçado
Não um pranto de qualquer capricho ou sede de novo canto
Um pranto de alguém que somente desejou ser amado.

Calmas águas, deste rio que é um mar,
Onde vivem Tagides superiormente cantadas,
Acalmem este meu pranto, mas devagar
Que não esqueça eu aquelas horas de trevas manchadas.

Não, que nada me seja olvidado.
Nem o mal, nem o bem por nós construído
Nem o amor feito e exultado.

Nem mesmo o silencio partilhado
Naquelas horas em que meu pranto escondido
Pedia somente que em tua boca fosse sepultado.

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