sexta-feira, maio 25, 2007

Canto manso

(Canto Manso)

Foi nesse espaço que me perdi sem tempo.
Foi nesse espaço que encontrei a paz.
Foi nesse espaço que descobri o reconfortante som do silencio.

Foi...

Minha alma jamais poderá descarregar rios,
hoje nesse deserto crescem novas plantas.

Parti de boca amordaçada,
empurrado para o canto da memória.
palpável metafisica na ilusão,
Há dor que cresce na ausência dos olhos,

Nos lábios secos,
de tanto chamarem teu nome
Nos sentidos desorientados,
De em vão te procurar.

Onde pára meu repouso?
Que Demónio transformou
campos de paz e luz,
em sementes de guerra e trevas?

Ah Luz perdida mil vezes encontrada
Ah Luz apagada e mil vezes acendida em meu peito.

Que frutos de paixão, amor e morte crescem no meu canto?
Que dirão os que daí nascem?
Nesse lugar onde, por instantes, tive a ilusão de me sepultar...

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