quarta-feira, julho 17, 2013


Quis ceder á tentação do teu copo,
Ao doce veneno do teu gosto doce quando ajoelhado a teus pés,
Como em oração de perdão pelo pecado de te querer.
Quis ceder ao teu nome pronunciado suavemente ao ouvido
Nas noites frias e aconchegante de inverno!
Quis amaldiçoar-me ao teu beijo,
Ao sabor agridoce da tua língua,
Ao orvalho santificadamente maldito do teu suor,
Escorrendo-me pelas veias.
Quis tudo isso e nada,
Somente na esperança de me encontrar,
Nas rubras letras do teu seio,
No grito amordaçado do teu prazer!
No gemido negado à tua carne!

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