quinta-feira, junho 18, 2009

Ao corpo me fiz paixão

Ao corpo me fiz paixão
Naquele beijo roubado á razão.
Onde em vida fui sepultado!
Em cada palavra tua, embriagado,
E pelas trevas desse olhar, iluminado.

Em cada suspiro de entrega, renasço
Em cada abraço me desfaço!
Nessa chama onde queimei o destino,
No momento em que, de alma e desatino
Fui parido, criado, cuspido.

Que se calem as vozes de antanho
Que se faça silencio entre o rebanho
De cadáveres de inveja e medos trespassados!
Que o som seja somente os dos beijos esmagados
Entre nossas bocas sedentas, nossos corpos esfomeados

Seja teu prazer meu veneno!
Meu respeito e honra, tua vida
Seja teu corpo minha ultima morada.
E nossas vidas, o caminhar desta jornada
Que jamais sejam teus olhos a traição demonstrada…

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