quarta-feira, abril 01, 2009

Á flor da pele


Á flor da pele me planto semente.
Em cada pedaço dessa terra quero criar raízes,
Na aridez suave desse corpo criarei raízes.
Mas os ventos que assolam a alma e me fustigam,
Trazem o frio do vento norte,
A neblina gelada da ausência.
A ausência…
Esta é uma realidade minha imutável.
À flor da pele me amortalho louco e sano,
Descansadamente esgotado pela espera do brotar.
Á flor da pele…dessa pele seca pelo sal do mar!
Metafisicamente seca!
Foi á flor da pele que tatuei teu nome,
Com agulhas de beijos recusados,
Brotado de lábios de mordaça
Mas foi á flor da pele, da tua pele de alva seda,
Que humanamente, renasci flor de cacto!

1 comentário:

Estações da Vida disse...

Olá. Gostei do " À flor da pele". É isso, os cactos se adaptaram bem às regiões secas e, mesmo sem chuva, eles conseguem permanecer verdes e vigorosos. Assim deveríamos ser: sabermos enfrentar as vicissitudes e as borrascas dos caminhos e não perdermos jamais o verde da esperança e o vigor da alegria de viver. Beijinhos.