quinta-feira, novembro 06, 2008

Juramento inacabado

Sabes o que deseja este teu meu corpo cansado?
Procurar abrigo nas alvas colinas de teus seios.
Sepultar-me de semente e sangue em teu vazio peito empedrado
E queimar o gelo desses olhos na fonte cristalina do teu ventre.
Foram teus, estes braços que se levantam em desatino.
Teus, foi este peito onde me contavas teu destino.
E agora neste silencio a que nos prendeste
Nesta luz ténue que nos condenaste,
Serei o livro que na estante espera o que já é esperado.

1 comentário:

Anónimo disse...

“Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.”
Fernando Pessoa