terça-feira, outubro 07, 2008

Declaração

Estou farto de falsidade!
Cansei-me dos falsos moralismos, dos beatos de sacristia que tanto rezam mas que tão pouco cumprem a humildade.
Estou farto dos que se diziam amigos e que, nas primeiras vagas, decidiram abandonar o navio e criticar quem ficou para, bem ou mal tentar conduzir a nau a porto seguro. A todos eles o meu obrigado por terem passado pela minha existência. Convosco aprendi o quão volátil é a pequenez humana que prefere estar nos bons momentos a ajudar a superar os maus.
Aproxima-se tempo e mudança. Novos desafios, novas tormentas e calmarias e sei que não posso contar convosco. Isso é, para mim já em si uma vitória. Menos lastro a pesar-me a carga, mais espaço para aqueles que realmente são de todas as horas.
Estou farto de imposta solidão!
Sei que tenho em mim a capacidade de amar alguém porque me amo a mim próprio. Nu e imperfeito mas humano, ser humano sendo-o. Sei que mereço o afecto alheio e que ele vai aparecer, quando menos esperar ao virar da esquina da vida! Voltar a sentir o calor de um beijo e a cumplicidade de uma conversa partilhada. Sei que vou ter a surpresa do telefone tocar, de sentir que alguém vai querer saber de mim.
Novo tempo, novas esperanças
A quem estiver a meu lado agradeço desde já a honra que me dão, aos outros, a lição por terem partido! Não nos merecemos!

1 comentário:

Anónimo disse...

Navegante!

Que o brilho de teu olhar
a portos de amor
te façam acostar!
E que nesses portos
possas encontrar
o que será teu de amar:
o amor puro de uma estrela
que por ti também está a esperar!
Só tens que, em tuas mãos,
o teu destino lançar!
Os portos de partida,
de partida são;
para chegar,
é imperioso
largar,
navegar,
dar.