segunda-feira, setembro 22, 2008

Navegar foi preciso!


Foi nas ondas desse teu olhar povoado de sereias e monstros,
Que me afundei quando ao seu chamamento acedi.
Parti sem medo, deixando porto seguro buscando o tesouro prometido,
As águas calmas que me prometeram fogo e frio.
Navegador não sou, marinheiro não fui,
Eu que somente fui ensinado a admirar esse mar infinito.
Encalhei, lutei contra ventos e tempestades em busca desse mar sem fim
Sem inicio onde me perderia em míticos cantos.
Mas o destino é cruel e mais cruéis as ondas que guiaram.
Não soube navegar á bolina e perdi-me de destinos.
Os olhos feitos estrela guia, fecharam-se impiedosos.
Outros barcos, outras naves atingiram esse mar de Sargaços.
Quedei-me eu neste triângulo das Bermudas onde pereci.
Eu que, de porto seguro parti, rumo ao sonho de aguas calmas
Esquecendo (ou querendo esquecer, nem sei) que nada sabia de navegação,
Nem tão pouco conhecia as ondas do mar dos teus olhos,
Onde me perdi!

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