quinta-feira, janeiro 13, 2011

Devanear

Calmo como as aguas que me invadem os olhos, vou!
Ledo e quedo de espanto e saudade das aguas sacras onde me dei,
Lavo assim minh’alma feita de pranto e cansaço e feridas de batalhas perdidas
De batalhas perdidas…
Era não mais que um punhado de homem feito sonhos ou de sonhos feito qualquer coisa que não me entendo.
Estranha metafísica.
Tudo larguei ao vento do sentir e o vento se fez vendaval se fez furacão,
E o barco rumou contra as rochas outrora ilusão de porto de abrigo.
Perdi-me mil vezes na planície daqueles olhos ternos como gelos,
No ouro não visto no brilho dos dias de sol.
Perdi-me e não encontro de mim mais que a ferida latejante do meu peito,
As areias da memória.
Tenho ainda na boca o gosto acre dos teus lábios,
Na mente a real ilusão da loucura onde o tempo se perdia entre as rochas da praia.
Estou cansado!