domingo, junho 19, 2016



Busquei-te entre as pedras,
como ontem te esperei entre livros, no silencio das palavras.
Busquei-te entre a maresia da ilha onde com meu corpo
sulquei as ondas suaves do teu!
Busquei-te entre as pedras
como ontem te esperei entre os livros, no silencio das palavras!

As pedras não me trouxeram a tua voz
lidas nas paginas em branco onde te esperei!

As pedras, oh as pedras...eternamente as pedras!


terça-feira, junho 14, 2016



Há um deserto de gelo com o teu nome
onde se perdem as auroras boreais!
Uma noite onde se perdem todos os tempos
algures entre os ciprestes vestidos de branco

Há um sol da meia noite,
um ocaso sem aurora onde me perco...
permanentemente me perco...

Há um deserto de gelo onde me aqueço
e pereço lentamente!
Há um deserto de gelo
Onde o vento norte sobra a maldição doce do teu nome!

sexta-feira, junho 10, 2016

Andam passos perdidos pela aldeia!
Perdidos ao sabor das palavras amordaçadas
de mil acordares distantes.
Andam passos despasados de tanto desencontro!

Lá onde as vielas se fizeram silencio e pranto!
Procura o vagabundo o aconchego
onde outrora a traição se fez coisa!

Clama em mudo grito o seu nome!
Escuta em solitaria presença do vazio...

Onde está?
Algures entre o todo e coisa alguma





sábado, junho 04, 2016

Testamentário!

Quero partir com a mão no peito!
Não no vale dos teus seios perdidos nas noites frias!
Quero partir com a mão no peito!
Lembrando quando era a tua que me queimava a pele e alagava o olhos!
Quero partir com a mão no peito!
Com a mesma força do vazio que a tua lhe oferece!