segunda-feira, junho 30, 2014

Merdas que escrevo!



Sobre as colinas traço destinos vãos!
Era a hora do nascer da lua e ao longe repicam as flautas de outros tempos!
Era a hora de todos os desenganos e todas as metafisicas!
E ali estava nua a montanha!
Ali retorno casa!
Sobre as colinas traço destinos vãos,
Como quem desbrava planícies em oração.
Tenho sede e desconheço a fonte!

La fora o cão escava o jardim e eu grito-lhe:

-Para, que não há nada debaixo do chão!!!

E o bicho olha-me com o olhar calmo de inocências e enterra a pata na relva e eu grito-lhe!

Não mais para que pare, mas que me ensine a escavar por debaixo da minha perdida humanidade!


Queria escrever um poema como se fosse um murro no estomago!
Fechar as palavras como um punho em riste
E impeli-lo contra a realidade,
Desfigurar o silencio,
Amordaça-lo contra a força de uma estrofe.
Fazer gritar todas as dores que se me abriste!

Queria escrever uma realidade
Como se fosse a face visível de um poema...